TDAH
O Transtorno do
Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico (reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde) de causas genéticas que ocorre em cerca de 3% a 5% da
população mundial, surgindo na infância e frequentemente acompanhando o indivíduo por toda a vida.
Tem como sintomas a
desatenção e a hiperatividade-impulsividade. Crianças com TDAH costumam ser tida como "avoadas" e inquietas, com dificuldade constante de manter a concentração num determinado assunto/atividade por um longo intervalo de tempo, distraindo-se facilmente e demonstrando grande
agitação (não para quieto por muito tempo, com os membros sempre em movimento, mesmo sentado). Frequentemente têm dificuldades com regras e limites.
Distingue-se em três subtipos: Predominante Desatento, Predominante Hiperativo, Desatento e Hiperativo.
Causa
Alteração no funcionamento dos
neurotransmissores (sistemas de substâncias químicas) dopamina e noradrenalina,
responsáveis pela inibição do comportamento e pela capacidade de prestar
atenção.
Diagnóstico
É feito por
profissionais da saúde (neurologistas, psiquiatras, pediatras), com base no questionário
DSM-V criado pela Associação Americana de Psiquiátrica. Esse questionário
contém perguntas referentes a situações em que o paciente apresenta ou não
desatenção e agitação - por exemplo: se não consegue prestar muita atenção a detalhes, se comete erros por descuido nos trabalhos da escola ou tarefas, se remexe muito na cadeira, etc.
Tratamento
Pode ser medicamentoso, com uso mais comum de Metilfenidato (comercializado como Ritalina), ou não
medicamentoso, com terapias psicológicas, psicopedagógicas, fonoaudiologias.
Um bom trabalho
pedagógico direcionado ajuda a melhorar a aprendizagem das crianças e
adolescentes com TDAH. Não está listado como tratamento, mas, quando o TDAH está
atrapalhando a aprendizagem, cabe ao professor saber adequar suas metodologias
para sanar as dificuldades apresentadas pelo aluno. A medicação melhora a
concentração e o comportamento, mas não garante a aprendizagem, já que esta provem das metodologias educacionais. Quem melhor para buscar metodologias de
ensino do que o professor?
Dicas
- ser paciente e tentar entender o que está acontecendo com o filho/aluno;
- não abandonar o aluno, em momento algum, num canto da sala;
- não desistir do seu filho;
- confiar no progresso do filho/aluno;
- é fundamental que se ajude a criança/adolescente com TDAH a se organizar - para isso agendas e murais de atividades/horários no quarto são bem vindos;
- estabelecer regras e limites em casa e na escola;
- atividades com menor duração que despertem a atenção da criança/adolescente;
- fazer pequenas anotações/ilustrações do que foi ensinado na escola facilita a compreensão, diminuindo o risco da desistência do estudo no caso de textos extensos;
- estimulá-lo a tentar fazer as tarefas até o final;
- parabenizar pelo esforço;
- fazer com que participe das atividades, oralmente, questionando;
- buscar atividades extras (esportivas) para gastarem a energia quando o problema for a hiperatividade;
- no caso da desatenção, promover atividades que exijam concentração e busca por estratégias são boas alternativas. O xadrez é um bom exemplo!
REFERÊNCIAS:
Rohde, L.A. et al., Transtorno do deficit de atenção/hiperatividade na infância e adolescência: considerações clínicas e terapêuticas. Rev. Psiq.Clin. 2004
Mattos, P. No mundo da Lua: Perguntas e respostas sobre transtorno de Defict de atenção com hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos. 7ªed São Paulo : Lemos editorial, 2007.
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