curso de férias: PARTE 4


No quarto dia 11/07  Fizemos uma produção coletiva, a partir de objetos retirados de uma caixa, os alunos foram criando uma história. 
Nesse dia exploramos a criação de personagens e do ambiente. A preocupação de  para quem seria a história, nosso receptor e  coesão e coerência, a necessidade da continuidade dos fatos interligados. 

Demos inicio também a criação dos personagens( características físicas e psicológicas) e ao ambiente da história individual. 

veja a história coletiva 


O mistério de Zezinho e Lorena 



Era uma vez um menino, chamado Zezinho; magro, alto e alegre e uma menina chamada Lorena; tímida, magra, baixa e morena que moravam em um jardim.

Certo dia foram ao parque de diversões, e lá acharam um potinho com dinheiro que usaram para ir nos brinquedos. Em um desses brinquedos as crianças ganharam um macaco de pelúcia. Dentro do macaco eles encontraram um mapa que os levaram para uma floresta.

Quando chegaram à floresta o macaco de pelúcia transformou-se em um macaco de verdade e foi-se embora. Anoiteceu e Zezinho e Lorena fizeram uma fogueira e fritaram um ovo para comer. Encontraram um pano e fizeram um cobertor e assim passaram a noite na floresta. 

No dia seguinte encontraram um lago.

- Vamos entra no lago para se refrescar. Disse Lorena.

- Vamos mergulhar porque tem peixes. Disse o Zezinho muito contente.

De repente apareceu um senhor muito misterioso que os avisou que a floresta era perigosa e desapareceu. Os dois continuaram nadando tranquilamente, quando apareceu um monstro do lago nez que os engoliu.

Depois de uma semana lutando para sair da barriga do grande monstro, Zezinho usou seu canivete e rasgou a barriga do monstro. 



Saíram de lá com muita fome e comeram algumas frutas que tinham na floresta.

No meio do caminho viram uma caverna e entraram dentro dela. Lorena tropeçou e caiu e Zezinho a ajudou se levantar. Dentro da caverna ouviam-se vozes e passos, mas não se via nada. Até que no fundo da caverna viram alguma coisa brilhante, era um diamante.

Dentro dele havia um mapa para voltar para casa.

O Caminho de volta era um túnel muito escuro, para clarear o caminho usaram um lampião. Quando chegaram ao final do túnel encontraram o senhor misterioso novamente, que lhes entregou um óculos para poderem voltar para casa.

Zezinho segurou a mão de Lorena e colocou o óculos: CABRUM!!!!  Se tele transportaram para casa. 

Contaram para o tio o que havia acontecido, mas ele não acreditou, então contaram para a tia, mas ela também não acreditou  e mandou os dois de volta para o parque de diversões.

De volta ao parque Zezinho e Lorena ganharam encontraram um cachorro muito misterioso e ......CABRUM!!!!....


Fim!!!














CURSO DE FÉRIAS: PARTE 3


No terceiro dia 10/07 trabalhamos  o emissor e o receptor , a importância de se escrever  uma mensagem para que o receptor compreenda  e a comunicação seja estabelecida. 

Começamos com uma brincadeira muito comum entre as crianças: telefone sem fio, para que os alunos entendessem e vivenciassem os possíveis problemas e distorções na comunicação quando   uma mensagem não é bem transmitida ou compreendida. 

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Em seguida fizemos a leitura e discussão do livro " Com mil macacos" de Ruth Rocha, na tentativa de solucionar o problema de comunicação apresentado nele. 


Uma outra atividade foi  descobrir coletivamente, a partir de 

algumas palavras, uma mensagem. 



























Por fim  foi proposto que os alunos escolhessem um produto e criassem uma propaganda deste para dois receptores diferentes: um adulto e uma criança. 
As produções foram muito boas, os alunos compreenderam a importância de se saber a quem está sendo direcionado seu texto. 



Produto: TV 

receptor: Criança

Compre a TV'SLCD. Essa TV passa desenhos e séries imperdíveis. Divirta-se 

receptor: adulto 


Compre a TV'SLCD. Essa TV passa novelas, esportes, jornais e muito mais. Venha e compre sua TV'SLCD e divirta-se! 

Jennifer 




Produto: danone 


receptor: Criança

compre esse danone, tem vitaminas, é muito divertido! Vem uma figurinha grátis e uma colher. 


receptor: adulto

Compre danone faz muito bem para seu filhinho e é muito baratinho!R$ 1,50. 

Henrique Antonio Garcia Neto 










CURSO DE FÉRIAS: PARTE 2


No segundo dia 09/07  trabalhamos as diferenças entre os textos de ficção, como os contos de fadas e os texto reais,  jornalísticos e  científicos.
Abordamos as características particulares de cada gênero textual e a quem são direcionados, quem são os leitores desses textos.


Fizemos a leitura e discussão do conto " A princesa e o sapo",
recorte e leitura de notícias de jornal
investigações cientificas, com experiencias, para elaboração de textos científicos.

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Experiência para verificar a necessidade de oxigênio na combustão.



Experiência para verificar a densidade de diferentes materiais.




















Após discutirmos os vários gêneros textuais foi  proposta uma atividade de escrita que consistia em  transformar um conto de fada em uma notícia de jornal. Veja os textos criados por nossos alunos:




Pinóquio
Um ladrão rouba brinquedo de madeira de um menino e a polícia vai atrás. 12/08/2007 a policia reage pegando o ladrão, que reage tentando bater na polícia. Foi uma confusão.


Henrique Antonio Garcia Neto(12 anos)





Os três porquinhos
Um lobo invade uma fazenda e come todos os porcos. O fazendeiro chama o IBAMA para apreender o lobo, evitando assim que o lobo como outros porcos de outras fazendas.


Pedro Benália (14 anos) 





Os três porquinhos
Três meninos constroem uma casa. Uma de madeira outra de palha e outra de tijolo.
De repente aparece um louco as 15h12min  da tarde do dia 04 de maio de 2006 e pega um serrote e um martelo enorme e começa a destruir as três casas.  Quando aparece a polícia que o prende e o leva para o Xadrez.


Jennifer K. Rocha Alves dos Santos (11 anos)




Os três porquinhos

Os três porquinhos  são pedreiros e foram contratados por Michel Teló para fazer a casa dele. Ganharam um bom dinheiro. Eles começaram a mansão em 19/09/2010 e terminaram em 31/09/2010. Foram considerados os melhores pedreiros do mundo, apareceram na TV,  ficaram ricos e famosos.

João Vitor (12 anos) 





Os três porquinhos
30/07/2012  um lobo entrou na casa dos porquinhos e disse: _ vou matar vocês, pois estão me deixando louco, porque não deixaram meu filho brincar com vocês. Nisso chegou a polícia e prendeu o lobo.


Peterson  da Silva Sousa (12 anos) 





Sininho
Nesta manhã, dia 04/07/2012 o gigante raptou o menino que dá o pozinho mágico para todos, mas sininho enfrentou –o e conseguiu pegar o menino raptado, e ainda deu um beijinho no rosto dele.

Carol A. Guizeline (11 anos) 

CURSO DE FÉRIAS: O INÍCIO




No dia 06/07 demos início ao nosso curso de férias sobre produção e interpretação de texto.
Para ressaltar a importância dos textos  e das mensagens na comunicação iniciamos com uma brincadeira de mímica, na qual os alunos tiveram que se esforçar bastante para passar a mensagem da melhor maneira possível para seus colegas.

Em seguida trabalhamos as diferentes opiniões a respeito de um assunto com o livro " Nossa rua tem um problema" do autor Ricardo Azevedo, e também os elementos principais do texto: personagens, narrador, ambiente e fatos ocorridos. 

Para melhor compreensão da importância da análise das características dos personagens e do ambiente, fizemos a leitura do livro Dilermano Constantino Albuquerque Raposo, o morador misterioso" da autora Lilian Sypriano, na qual os alunos tiveram que fazer as ilustrações a partir das características dadas e descobrir o mistério da história por meio da interpretação dos fatos ocorridos. 

fotos 



curso de férias


PRODUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS




Período: de 06 a 12 de julho de 2012 (exceção dias 07 e 08 de julho)


Duas horas por dia

Investimento: R$ 100,00









Programação:

dia 06 – Leitura e interpretação de texto – investigando os elementos principais de um texto ( fato ocorrido, assunto abordado, personagens....)
Livro: “Nossa rua tem um problema” – Ricardo Azevedo  

dia 09 -  Leitura e interpretação de texto – a importância da informação contida no texto, as maneiras de se passar uma informação, a ficção e  a realidade.
Texto jornalístico e contos de fada

dia 10- O escritor e o receptor: aquele que escreve e aquele que lê - a necessidade da coerência e coesão textual para a compreensão da informação a ser passada.
Livro “Com Mil Macacos” – Ruth Rocha
Brincadeira: telefone sem fio
Crônica: o telegrama – Jô Soares

Quem é meu receptor (leitor)? Usar texto formal ou informal? -   As diferentes maneiras de se passar uma informação de acordo com o tipo de leitor.
Propagandas e histórias para crianças
Propagandas e histórias para adultos 


dia 11- Produzindo textos – definindo personagens, lugar, tempo, assunto. Para quem será destinada a história(público, leitor)? Qual tipo de texto: narrativo, conto, informativo, cientifico, ficção?
Produção coletiva
Produção individual 


dia 12- Produzindo textos- organizando as idéias em busca da coesão e coerência, finalização da produção textual. Apresentação do texto produzido.
Produção coletiva
Produção individual

Inscrições pelo telefone (016) 36120804 



Biodiversidade e riquezas do Brasil

          Que o Brasil é um dos maiores em biodiversidade do mundo não novidade pra ninguém, estima-se que a biodiversidade existente no Brasil represente cerca de 20% de tudo o que há de vida no planeta, o problema é que a maior parte desta diversidade ainda não é conhecida ou descrita pela ciência e ainda o que é conhecido é pouco divulgado.
Como valorizar o desconhecido é tarefa muito difícil a degradação de áreas naturais no Brasil é uma realidade muito presente na nossa sociedade, entretanto a intenção de post não é pedir que o leitor se torne um ativista em defesa das causas ambientais, queremos apenas mostrar um pouquinho de Brasil e sua rica biodiversidade natural.


          
Vamos começar falando em Cerrado, este bioma tem cerca de 33% da biodiversidade do país, sendo portanto a  savana mais rica do mundo em espécies. Apresenta um extenso complexo hidrográfico, em seu entorno são formadoras de 3 bacias hidrográficas: Bacia do Tocantins, Bacia do Araguaia e Bacia do São Francisco. 

Localizado na região central do país ocupa em torno de 25% do território nacional.

Conhecido popularmente por suas árvores de galhos tortuosos, casaca grossa e de pequeno porte, suas fitofisonomias abrigam cores e formas exuberantes que cativa a fauna local. No Guia de Campo "Frutos e Sementes do Cerrado Atrativos para Fauna" (Marcelo Kuhlmann Peres) publicado este ano, mostra um pouco desta relação vital entre fauna e flora.

                                                                                             (Foto capa do livro)



O livro inclui a descrição de 150 espécies do bioma Cerrado que produzem frutos e sementes atrativos para a fauna, com mais de 1.300 fotos impressas em alta qualidade, detalhando-se suas principais características morfológicas, época de maturação dos frutos, ambientes de ocorrência, animais atraídos, principais formas de uso e germinação.(sinopse do livro) 
Você pode encontrar mais informações sobre este guia no site Frutos Atrativos do Cerrado.

Deixo aqui um pouquinho do vi em uma área de cerrado ao norte de Minas Gerais













Informe-se, conheça, aprecie!!!!




FEIRA DO LIVRO DE RIBEIRÃO PRETO-SP 



A 12ª edição da Feira do Livro de Ribeirão Preto- SP acontecerá no período de 24 de Maio a 03 de Junho de 2012



Homenageados:  

país: Inglaterra, 

estado brasileiro: Espirito Santo, 

autores: Graciliano Ramos e Paulo Freire entre outros. 





Com uma programação que envolve lançamentos e venda de livros, teatros, shows musicais, conferências e debates. 


Confira toda a programação no site
                        http://www.feiradolivroribeirao.com.br/2012/

PARA AQUELES QUE GOSTAM DE LITERATURA .... E OS QUE NÃO GOSTAM, APRENDEREM A GOSTAR...





Para o mês de abril indicamos uma história da literatura infantil " O coelho que não era de páscoa" de Ruth Rocha. 


Conta a história de um coelho que não queria seguir a mesma profissão da família, ser um coelho de páscoa. Assim. vai em busca da sua felicidade enfrentando obstáculos e críticas dos outros até realizar seu sonho. E por coincidência será sua nova profissão que salvará  a páscoa da família


Uma história contada por RUTH ROCHA, que mostra situação e personagem que valoriza a independência de pensamento e a ousadia, assim como em muitas outras histórias da autora. 




BOA LEITURA!!!!!




O COELHINHO QUE NÃO ERA DE PÁSCOA 




Vivinho era um coelhinho. Branco, redondo, fofinho.
Todos os dias Vivinho ia à escola com seus irmãos.
Aprendia a pular, aprendia a correr...
Aprendia qual a melhor couve para se comer.

Os coelhinhos foram crescendo,

chegou a hora de escolherem uma profissão.

Os irmãos de vivinho já tinham resolvido:
- Eu vou ser coelho de Páscoa como meu pai.
- Eu vou ser coelho de Páscoa, como o meu avô.
- Eu vou ser coelho de Páscoa como meu bisavô.
E todos queriam ser coelhos de Páscoa,

como o trisavô, o tataravô, como todos os avôs.
Só Vivinho não dizia nada.
 Os pais perguntavam, os irmãos indagavam:
- E você Vivinho, e você?
- Bom – dizia Vivinho – eu não sei o que quero ser.
Mas sei o que não quero: Ser coelho de Páscoa.

O pai de Vivinho se espantou, a mãe se escandalizou e desmaiou:
- OOOOOHHHHH!!!

Vivinho arranjou uma porção de amigos:
O beija-flor Florindo, Julieta a borboleta, e a abelha Melinda.

- Onde é que já se viu coelho brincar com abelha?
- Os irmãos de Vivinho diziam.
Os pais de Vivinho se aborreciam:
- Um coelho tem que ter uma profissão.
Onde é que nós vamos parar com essa vadiação?

- Não se preocupem – Vivinho dizia
– estou aprendendo uma ótima profissão.
- Só se ele está aprendendo a voar – os pais de Vivinho diziam.
- Só se ele está aprendendo a zumbir – os irmãos de Vivinho caçoavam.

Vivinho sorria e saía, pula, pulando

para se encontrar com seus amigos.
O tempo passou. A Páscoa estava chegando.
Papai e Mamãe Coelho foram comprar os ovos para distribuir.
Mas as fábricas tinham muitas encomendas.

Não tinham mais ovinhos para vender.

Em todo lugar a resposta era a mesma:
- Tudo vendido. Não temos mais nada...
O casal Coelho foi a tudo que foi fabrica da floresta.
Do seu Antão, do seu João, do seu Simão, do seu Veloso, do seu Matoso,
do seu Cardoso, do seu Tônio, do seu Petrônio, seu Sinfrônio.
Mas a resposta era sempre a mesma:
- Tudo vendido seu Coelho, tudo vendido...

Os dois voltaram pra casa desanimados.
- Ora essa. Isso nunca aconteceu...
- Não podemos despontar as crianças...
- Mas nós já fomos a todas as fábricas. Não tem jeito, não...

Os irmãos do coelhinho estavam tristes:
- Nossa primeira distribuição... Ai que tristeza no coração!...

Vivinho vinha chegando com Melinda.
- Por que não fazemos os ovos nós mesmos?
- É que nós não sabemos.

Coelho de Páscoa sabe distribuir ovos. Não sabe fazer!

- Pois eu sei – disse Vivinho- Eu sei.
- Será que ele sabe? – disse o Pai?
- Ele disse que sabe – disseram os irmãos.
- Ele sabe, ele sabe – disse a mãe.
- E como você aprendeu? – perguntaram todos.
- Com meus amigos. Eu não disse que estava aprendendo uma profissão?
Pois eu aprendi a tirar o pólen das flores com Julieta e Florindo.
E Melinda é a maior doceira do mundo. Me ensinou a fazer tudo o que é doce...

A casa da família Coelho virou uma verdadeira fábrica.
Todos ajudavam: Papai Coelho, Mamãe Coelha e os coelhinhos...
e os amiguinhos também:florindo o beija-flor, a borboleta Julieta e

a abelha Melinda, a maior doceira do mundo.
E era Vivinho quem comandava o trabalho.
E quando a Páscoa chegou, estavam todos preparados.
As cestas de ovos estavam prontas.

E os pais de Vivinho estavam contentes.
A mãe de vivinho disse:
- Agora, nosso filho tem uma profissão.
E o pai de Vivinho falou:
- Cada um deve seguir a sua vocação...

AS NOTAS NÃO FORAM BOAS?







Depois de fazer as primeiras avaliações  e verificar que as notas não foram as melhores, é preciso pensar no que está acontecendo para obter esses resultados.


Alunos, revejam cada avaliação realizada, tentem fazer os exercícios novamente, busquem respostas para eles nas apostilas da escola, anotações no caderno ou outras fontes.
É preciso compreender bem os primeiros  conteúdos do ano, pois o restante dos conteúdos dependerão deles..



Para auxiliar nas próximas avaliações reservem um tempinho para estudar em casa as matérias vista em sala de aula, façam resumos, anotações, novos exercícios, questionem o professor e esclareçam suas dúvidas. 






Pais conversem com os seus filhos e tentem descobrir o que pode estar causando essas dificuldades: preocupações, desatenção, cansaço, falta de compreensão do assunto....



 Se for o caso procure ajuda de professores particulares para auxiliar e ajudar seu filho a compreender melhor os assuntos estudados na sala de aula.










Professores, questionem seus alunos a respeito do que foi ensinado, tente entender porque alguns alunos estão obtendo notas baixas, bem no inicio do ano. retome o conteúdo de outra maneira se for preciso, proponha novas atividades.






















Identificar o problema e as dificuldades no início do ano é bem mais fácil do que no final,  à beira da reprovação.









Pra gostar de Literatura... Castro Alves




PARA AQUELES QUE GOSTAM DE LITERATURA ....


                                                   E OS QUE NÃO GOSTAM, APRENDEREM A GOSTAR..



Para o Mês de março trazemos uma das principais obras de Castro Alves- nascido em 14 de março de  1847- O Navio Negreiro





Nessa obra Castro Alves relata uma das  partes mais sofridas e angustiantes da nossa história, que envolve a escravidão de africanos no Brasil. Relata no poema as passagens durante a navegação que levava negros africanos da sua terra de origem, África, para viverem como escravos no Brasil. 
Evidencia a falta de liberdade, os castigos físicos, as humilhações, os maus tratos e as doenças como peste negra,que ocorriam dado as más condições de alojamento dos negros, nos porões dos navios. E também todo o descaso por essas pessoas, pela sua cultura, por sua vida, pois muitos escravos morriam durante a viagem e seus corpos eram jogados ao mar.
Castro Alves chama a atenção para as contradições entre as glórias de uma nação sob o sofrimento de outra. Como o Brasil se beneficiaria com a exploração da mão de obra africana.  



O Navio Negreiro
(Tragédia no mar) 



'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.


'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...


'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...


'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...


Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.


Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!


Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!


Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!


Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia,
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................


Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!


Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.



II

Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.


Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!


O Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!


Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu!...



III

Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!



IV 

Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...


Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!


E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...


Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!


No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."


E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...


 
V

 
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!


Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...


São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão...


São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.


Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
...Adeus, ó choça do monte,
...Adeus, palmeiras da fonte!...
...Adeus, amores... adeus!...


Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.


Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...


Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...


Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas 
 
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!... 



VI

Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!



São Paulo, 18 de abril de 1869.